Novo sistema de segurança possibilita acompanhar o embarque e desembarque de mais de 200 mil pessoas por dia nas estações do metrô.
Por Fernanda Ferreira
O metrô de Belo Horizonte é responsável por transportar mais de 200 mil pessoas diariamente, o equivalente a 60 milhões de usuários por ano. Ele liga as regiões Oeste e Norte da capital de Minas Gerais, margeando a área Central de BH, promovendo a mobilidade entre os diversos municípios da Região Metropolitana. A CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) é a empresa responsável pela implantação, gestão e operação do metrô, que realiza anualmente mais de 80 mil viagens ao longo das 19 estações.
Pensando na segurança e conforto dos seus milhões de usuários, a CBTU decidiu ampliar a capacidade de transporte dobrando o número de vagões dos trens, passando de quatro para oito carros por trem. Porém, essa mudança só seria possível se o maquinista pudesse ter uma visão ampla do embarque e desembarque dos passageiros. “Como as nossas plataformas têm 200 metros de comprimento, e o projeto era ter o dobro de vagões, era necessário criar um sistema de segurança para o maquinista ter as imagens de toda a movimentação dos usuários, para visualizar se há alguém parado nas portas antes de fechar ou alguém preso, por exemplo, evitando assim qualquer acidente”, explicou Carlos Paixão, técnico da COPEM – Coordenadoria de Planejamento e Engenharia de Manutenção.
Para colocar o projeto em prática, a empresa Missão Engenharia instalou oito câmeras em cada estação, totalizando 152 câmeras ProImage de 3MP com lentes de 30mm. Cada câmera cobre a distância de 50 metros, quatro do lado direito e quatro do lado esquerdo da plataforma, proporcionando uma cobertura completa de ambos os lados do trem para o maquinista, que acompanha tudo por um monitor instalado dentro da cabine.
“Com o projeto de CFTV, o maquinista pode visualizar e controlar melhor o embarque e desembarque dos passageiros e evitar possíveis acidentes. É um projeto que não existia em nenhum outro lugar, usamos radiocomunicação para transmitir o sinal do NVR para um monitor dentro da cabine do maquinista”, disse Marco Simão, diretor de pré-vendas da ProImage.
Além deste investimento, uma segunda etapa do projeto está em andamento, com previsão de entrega para o último trimestre deste ano. Serão instaladas cerca de 280 câmeras IP ProImage, substituindo todas as câmeras analógicas atuais e ampliando a cobertura nos pátios, vias e subestações.
“Estávamos sofrendo com roubos nas estações Eldorado e São Gabriel. Os meliantes estavam saqueando os cabos de alta tensão, chegando quase a interromper a operação. Por isso decidimos colocar câmeras nos pátios, subestações, bilheterias e catracas, tudo com transmissão via fibra ótica em todas as estações. Todas as imagens captadas serão transmitidas para o nosso Centro de Controle Operacional (CCO)”, falou Carlos. “Com essa renovação nosso sistema será integrado e totalmente IP, inclusive com câmeras térmicas para detecção de intrusão a distância”, completou.
O video wall do CCO também foi modernizado. Os monitores antigos foram substituídos por 30 telas de 55 polegadas e receberão as imagens das novas câmeras digitais., “Estávamos com um problema sério de ter soluções aplicadas no projeto que não existem mais no mercado e não possuem mais manutenção, então quando ocorria algum problema em determinada câmera analógica, a estação ficava sem o devido monitoramento. Com as novas câmeras IP e com nosso novo video wall, conseguiremos fazer com que o sistema funcione por completo e seja 100% IP”, disse Carlos.